Com os novos anúncios do Banco Central, o noticiário começa a se encher de matérias sobre Drex e Pix. Isso pode levar a uma série de dúvidas sobre o funcionamento dessas duas ferramentas do Banco Central.
Apesar de virem do mesmo criador e compartilharem muitas características, o Drex e o Pix são ferramentas diferentes e com usos distintos. O primeiro é uma moeda digital, enquanto o segundo é um sistema de transferências.
Neste guia, nós vamos tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto, para que você possa se manter atualizado e entender quais serão as mudanças financeiras que vão impactar a sua vida em 2024!
Drex é o Real Digital, uma versão do Real, a moeda corrente do nosso país. Seu nome foi anunciado recentemente pelo Banco Central. Trata-se de um acrônimo:
Por ser uma moeda digital, o Drex poderá ser utilizado para todos os fins que você usa o Real hoje em dia. Você poderá pagar contas, fazer envios para conhecidos, pegar empréstimos e muito mais. Inclusive, o Banco Central pretende liberar a compra e venda de títulos públicos do governo via Real Digital.
Para quem olha de longe, pode parecer que o Drex e Pix são muito parecidos. No entanto, não se deixe enganar, tanto o funcionamento quanto o objetivo de cada um deles são bens diferentes.
Por isso, para explicar melhor, separamos as maiores diferenças entre os dois sistemas:
O Pix é um sistema de pagamento instantâneo desenvolvido para facilitar transferências e pagamentos rápidos entre diferentes instituições financeiras.
Já o Drex, representa a moeda digital do Banco Central, projetada para complementar o sistema financeiro existente, introduzindo a programabilidade em transações financeiras.
Dessa forma, o Drex visa expandir o acesso e reduzir os custos de serviços financeiros, permitindo operações condicionadas e inovações como contratos inteligentes e tokenização de ativos.
O Pix funciona com base em transferências eletrônicas entre contas em instituições financeiras, utilizando infraestrutura existente para garantir instantaneidade. Não depende de tecnologias de registro distribuído (blockchain) e está focado na eficiência das transações cotidianas.
De forma diferente, o Drex utiliza tecnologia de ledger distribuído para permitir uma segurança aprimorada e a programabilidade de ativos digitais.
Em outras palavras, isso facilita transações complexas, como aquelas que requerem a execução automática de termos contratuais específicos, e oferece um novo nível de interação entre diferentes ativos financeiros digitais.
Usar o Pix é perfeito para pagamentos rápidos e transferências instantâneas sem condições, como pagar contas de consumo, transferir dinheiro para amigos ou familiares, e realizar compras do dia a dia.
Porém, o Drex foi planejado para transações que beneficiam de condições específicas, como pagamentos condicionais (ex: liberação de pagamentos somente após a confirmação de recebimento de um serviço ou produto), ou operações que envolvem garantias e a execução de contratos inteligentes.
O Drex é indicado para situações mais complexas que vão além da capacidade do Pix, oferecendo novas possibilidades para o mercado financeiro e serviços digitais.
Ainda não temos 100% de certeza de que será possível usar o Drex para pagar com Pix. No entanto, a expectativa é de que sim, os dois sistemas provavelmente serão compatíveis.
Não há certeza ainda porque o Drex está em fase de testes no momento, o que significa que muita coisa ainda pode mudar até o seu lançamento oficial. Entretanto, o Banco Central já anunciou que a moeda está sendo desenvolvida com o conceito de interoperabilidade em mente (ou seja, a capacidade de um sistema se comunicar com outro).
Apesar de ser uma moeda digital, o Drex não é uma criptomoeda, como é o caso do Bitcoin, por exemplo. Isso acontece por alguns motivos:
Portanto, para resumir, o Real Digital é uma moeda digital que tem o mesmo valor do Real e poderá ser usada no dia a dia para compras e pagamentos de todos os tipos.
Nesse momento nenhuma nada oficial foi divulgada, mas a expectativa é que a moeda possa ser utilizada já em 2024.
Até o começo de fevereiro de 2024, ele estava em fase de piloto de testes. Em seguida, a partir de março de 2024, o Drex entra em processo de avaliação.
Sim, o Drex não veio para acabar com o dinheiro físico, mas sim para oferecer uma nova ferramenta para o sistema financeiro. Portanto, todas as opções que existem hoje continuarão — você poderá continuar usando o Pix Saque, por exemplo.
No entanto, é claro que uma possível popularização do Real Digital provavelmente criará uma tendência de diminuição do uso do dinheiro físico. Afinal, se o Drex funcionar tão bem quanto o Pix funcionou, será muito mais fácil, prático e seguro usá-lo do que carregar dinheiro físico por aí.
Vai sim. Segundo Roberto Campos Neto, presidente do BC, a intenção é que a ferramenta possa ser utilizada em todos os bancos mesmo sem internet, de forma offline.
O objetivo, é que o sistema seja o mais acessível possível, permitindo que todos utilizem a moeda para os mais variados pagamentos do dia a dia.
Como o projeto do Real Digital continua em fase de testes, nós não sabemos quais os requisitos para utilizá-lo. Isso só será revelado quando o seu lançamento estiver mais próximo.
No entanto, o Banco Central já afirmou que o Drex estará disponível para todos. Isso significa que qualquer pessoa poderá usá-lo. O que resta definir é quais serão os procedimentos para o uso da moeda (por exemplo, se precisará de algum identificador, como o caso de uma chave Pix).
Como você viu, há muitas coisas que unem o Drex e o Pix, mas muitas coisas que separam os dois. São soluções que modernizam o nosso sistema financeiro e devem trabalhar em conjunto, sem um sobrepor o outro.
É importante que você se mantenha atualizado sobre o processo de testes e desenvolvimento do Drex para estar preparado para o lançamento da moeda digital no fim de 2024.
Mas tenha atenção na Internet e se previna para não cair em golpes do Drex quando ele for lançado.
O Real Digital, chamado oficialmente de Drex, será uma moeda digital. Seu valor será em paridade com o Real tradicional e poderá ser usado para envio de dinheiro, pagamento de contas e muito mais.
Vale exatamente o mesmo que R$1 real tradicional. O Drex terá paridade de preço com o Real.
O criador e emissor do Real Digital é o Banco Central. É ele quem garante o seu preço e estabilidade.
No momento, ainda não há uma data marcada. O cronograma do Banco Central prevê o lançamento para o fim de 2024, mas isso dependerá dos testes feitos.
O Real Digital vai modernizar o sistema financeiro brasileiro. Ele permitirá o nascimento de novas soluções financeiras, vai agilizar transações comerciais e reduzir a corrupção e lavagem de dinheiro.